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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Resumo do livro “Amor de perdição”
O livro “Amor de perdição” de Camilo Castelo Branco  conta a história de dois jovens que se apaixonam “perdidamente”.  O amor de Simão e Teresa era impossível, porque suas famílias se odiavam.                                               
Domingos Botelho, pai de Simão, era corregedor em Viseu. Simão tinha um irmão mais velho, que frequentava o segundo ano jurídico, e três irmãs.Aos quinzes anos,Simão estudava humanidades em Coimbra. Seu irmão queixava-se do gênio sanguinário do jovem. O corregedor admirava a bravura de seu filho Simão. No entanto,  Botelho bramiu contra o filho quando este causou uma grande confusão em Viseu.                                                    Simão perdeu o ano letivo e voltou para Viseu. Em três meses, o jovem mudou seus costumes maravilhosamente. O motivo de tal mudança era que ele amava sua vizinha. Durante três meses, viam-se e falavam-se sem darem rebate  à vizinhança e nem suspeitas as duas famílias.  O jovem decidiu voltar a estudar em Coimbra. Teresa enviava cartas para ele contando-lhe que seu pai lhe ameaçava colocá-la em um convento por causa do estudante.Todavia, o fidalgo decidiu casar Teresa com seu primo Baltazar. Este conhecia o segredo da jovem e mesmo assim não se intimidava, dizia que trabalharia para salvá-la das garras de Simão.  
Passaram-se os dias, e em um domingo o pai de Teresa lhe disse que ela iria se casar com seu primo, mas a jovem recusou-se casar com ele, e o pai dela ficou furioso. Ao avisar Baltazar, decidiram esperar a vinda de Simão a Viseu.  Teresa escreveu para Simão comunicando-lhe as suas suspeitas de um  algum plano de violência contra ele. O jovem apaixonado resolveu ir a Viseu e conseguiu se esconder na casa de um ferrador. O ferrador devia um grande favor ao pai de Simão, por isso estava sempre disposto a ajudá-lo. Tinha uma filha de vinte quatro anos que também se apaixona “perdidamente”  por Simão, seu nome era Mariana. Ela sabia do segredo de Simão e estava sempre disposta a ajudá-lo sem nenhum interesse.O ferrador contou a Simão que Baltazar planejava matá-lo. O filho do fidalgo não se assustou com a notícia, permaneceu calmo. 
No dia em que ele foi se encontrar com sua amada, o primo dela havia armado uma cilada para matá-lo. Mas Simão conseguiu escapar mesmo estando ferido. Só  os  dois criados do fidalgo foram mortos. Com isso, o pai de Teresa resolveu colocá-la no convento do Porto. Porém, receoso de algum incidente, solicitou a retenção temporária dela em um convento de Viseu. Mariana era quem cuidava dos ferimentos de Simão, sempre dedicada. Teresa ficou temporariamente no convento de Viseu até receber a notícia que iria para o convento do Porto. Ela tentou avisar a Simão, mas a carta que a mesma mandou pela mendiga foi roubada e parou nas mãos de seu pai. Mesmo assim, Simão ficou sabendo do ocorrido e ficou muito furioso.  Mariana se propôs a ajudá-lo, dizia que tinha como entregar uma carta dele à Teresa. Ele ficou feliz e escreveu a carta. Mariana entregou a carta de Simão à  amada  e deu o recado de Teresa a Simão. Mas Simão, mesmo ferido, estava decidido a ir ao convento no dia em que a amada iria ser transferida.                                                Nesse dia, estava Simão a observar tudo de longe, mas Teresa ao vê-lo gritou o seu nome . Baltazar não gostou e começou a chateá-lo, agarrou no pescoço de Simão,este atirou  uma bala no crânio daquele .Baltazar  caiu morto aos pés de Teresa. Simão não quis fugir, estava decidido a ser preso. Sua família ficou sabendo de tudo e seu pai se negou ajudá-lo. 
Passaram-se os dias e Mariana era quem cuida de Simão na prisão. Mas, certo dia, ele recebeu a sentença de morte natural na forca. Com essa notícia, Mariana enlouqueceu e Teresa adoeceu gravemente. Com muita insistência, por parte de sua família, o pai de Simão resolveu ajudá-lo. Com isso veio, a notícia de que ele se livraria da forca. Essa notícia  trouxe a saúde de Teresa milagrosamente e Mariana voltou ao juízo.   Passaram-se os dias e o ferrador, pai de Marina, foi assassinado. Ela só não enlouqueceu novamente por causa do amor que sentia por Simão. O jovem recebeu a sentença de viver dez anos  na  Índia e Mariana estava disposta acompanhá-lo. 
No dia do embarque, Teresa acenava com um lenço para Simão  que quase não a reconheceu, pois ela estava muito diferente por causa da doença.Nesse mesmo dia, ela morreu. Na  nau, Simão leu a última carta da amada, nessa carta ela dava seu adeus a ele. O jovem ficou sabendo da morte dela e adoeceu. Passaram-se nove dias em que Simão estava com febre, não resistiu e morreu. Mariana, que estava com ele na nau, não chorou. Dizia sempre que se ele morresse, ela morreria  também. .No momento de jogar o cadáver  no mar, ela se atirou junto dele.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013



LÍNGUA, LINGUAGEM E DISCURSO


  1. Qual a diferença entre língua e linguagem?

 Trazendo a definição de língua e linguagem dentro da  perspectiva Saussuriana, a língua não se confunde com a linguagem, pois a linguagem é constituída de duas partes: a língua que é uma parte essencial da linguagem e a fala tida como secundária. 

Nos livros didáticos de português, a palavra linguagem é muito comum. Muitas pessoas, inclusive alunos do ensino fundamental,  médio e professores, não conseguem fazer uma distinção entre língua e linguagem. O professor de língua materna precisa ter esse conhecimento, já que irá trabalhar com diversos gêneros textuais. A linguagem abrange todos os meios de comunicação. Não raro, ouvimos falar em linguagem humana, linguagem animal, linguagem verbal e linguagem não verbal. Esses dois últimos estão sempre presentes nos livros didáticos de português. Travaglia (2009) propõe três concepções de linguagem:
ü  Linguagem como expressão do pensamento
Nessa concepção, a língua é vista como um código. Nessa perspectiva, quem não se expressa bem não pensa. Essa concepção é errônea, pois a fala é o resultado das ideias que o enunciador formulou. Dentro dessa concepção está fundamentada a gramática normativa.
ü  Linguagem como instrumento de comunicação
Nessa concepção, a língua é vista como um código onde estão presentes o emissor e o receptor. Dentro dessa concepção, estão o estruturalismo, a teoria da comunicação e as funções da linguagem.
ü  Linguagem como forma de interação
Nessa concepção, a língua é tida como interação entre sujeitos. A linguagem se insere num contexto ideológico e sociocultural. Dentro dessa concepção, estão a teoria do discurso, a linguística textual, a semântica argumentativa, análise do discurso e análise da conversação.
Entendemos que língua e linguagem são totalmente diferentes. A linguagem abrange a língua, pois esta é manifestação daquela.
Diante disso, podemos dizer que o discurso está dentro da concepção de linguagem como forma de interação.Visto que,segundo Travaglia (2009), discurso é qualquer atividade produtora de efeitos de sentidos entre interlocutores. Também fazem parte do discurso as condições de produção do discurso que são: o falante, o interlocutor, o contexto da enunciação. O discurso traz o contexto histórico-social e ideológico do falante, pois quando falamos expressamos nossa posição na sociedade. No discurso a língua não é neutra, ela traz uma ideologia. 
Nesse sentido, o reconhecimento da distinção entre língua e linguagem para o trabalho com o texto é fundamental porque a concepção de língua e linguagem que está inserida em um determinado texto está articulada com as formações ideológicas. 


Referências:

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 14. Ed  São Paulo: Cortez, 2009.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Bakhtin


    Mikhail Mikhailovich Bakhtin foi um dos maiores pensadores da linguagem, nasceu em 1895, em Oriol. Estudou  na Universidade de  Odessa, depois de São Petersburgo,de onde saiu diplomado em História e Filosofia, em 1918. Em 1920, instalou-se em Vitebsk, onde ocupou diversos cargos de ensino.Casou-se em 1920. Viveu em uma época em que a Rússia era pós-revolucionária.

   Bakhtin pertencia a um pequeno círculo de intelectuais e de artistas entre os quais se encontravam Marc Chagall e o musicólogo Sollerttinnsk. Também fazia parte deste círculo um jovem professor do conservatório de música de Vitebsk, V.N. Volochínov, e ainda P.N Medviédiev, empregado de uma casa editora. Este círculo,conhecido sob o nome de "círculo de Bakhtin", foi um cadinho de ideias inovadoras, numa época de muita criatividade, particularmente nos domínios da arte e das ciências humanas. Foram desses grupos heterogêneos que saíram importantes trabalhos, nas áreas de literatura, teoria linguística  teologia, psicanálise, filosofia, produzidos muitas vezes em parceria com outros membros dos círculos.